Entrevista com Dr Luiz Moura
Entrevista com Dr Luiz Moura:
O magnésio é de enorme importância no
uso do dia-a-dia, todo mundo deveria tomar, porque os alimentos hoje
estão pobres em magnésio. O motivo é simples demais, é que as plantas
precisam muito do magnésio para respirar. O mecanismo clorofílico delas –
isto é, a fixação do gás carbônico e eliminação do oxigênio – é o
contrário do que nós fazemos. Na planta quem faz é a clorofila através
do magnésio.
Acontece que o adubo químico que se usa
hoje em dia é o NPK – nitrogênio, fósforo e potássio. Não se repõe o
magnésio na terra. Antigamente – quando as cidades eram todas de casas
que tinham fossa – o magnésio que é eliminado pelas fezes voltava para o
lençol freático.
Mas hoje vai tudo para os rios e para o mar, havendo pauperização crescente de magnésio nas terras.
As duas funções mais importantes do
magnésio são regular o metabolismo do cálcio no organismo e fixar cálcio
onde deve haver e eliminar cálcio onde não deve haver. As calcificações
na coluna, as calcificações nas articulações, as calcificações nas
artérias, ocorrem por essa carência de magnésio. As calcificações nos
rins, cálculos de oxalato de cálcio, ocorrem por falta de magnésio.
Basta dar magnésio para o paciente que ele derrete esses cálculos
renais, que não sejam os de urato e fosfato.
O professor Pierre Delbet, médico, usava o
magnésio para lavar as feridas na guerra de 1914 a 1918, sem saber o
porquê. Depois ele descobriu que o magnésio ativava também o Sistema
Imunológico. A prova disso é que, na França, o mapa do câncer e o
mapa do magnésio mostram que na metade sul da França terras têm muito
magnésio e a mortalidade por câncer era de menos de 3,5% (três e meio
por cento). E no norte da França, em que as terras são pobres em magnésio, mais de 8,5% (oito e meio por cento) das pessoas morriam de câncer.
Na Itália é muito pior, a experiência é
interessantíssima, devido a um decreto de um César válido até hoje.
Muita gente morre de câncer sem saber porquê. No livro do professor
Pierre Delbet “A Política Preventiva do Câncer”, ele mostra a incidência
de câncer do norte até ao sul da Itália. Por um decreto, ainda em
vigor, de um imperador, de um dos Césares romanos, era proibido
transportar o sal de uma região para outra para não encarecer o sal, a
finalidade era essa. Acontece que por causa disso – e como o norte da
Itália é muito rico em minas de salgema, sal da terra que tem só cloreto
de sódio e zero em magnésio – a incidência de câncer varia de 7% (sete
por cento) a 10% (dez por cento).
No centro da Itália, onde está a
capital, Roma, o povo já usa sal do mar. Mas, como tem mais poder
aquisitivo, usa um sal que tem um pouquinho de magnésio, 0,08% (zero
vírgula zero oito por cento) de magnésio. A incidência de câncer cai
para 4,5% (quatro e meio por cento). E no sul da Itália, por pobreza, o
povo usa o sal que ele dá para o gado, que é um sal riquíssimo em magnésio,
mas que vira água, vira salmoura. Então eles usam tinas de madeira, na
qual põem o sal, temperando a comida. É tradição deles. E, por causa
disso, no sul da Itália a incidência de câncer não chega a 2% (dois por
cento), pelo magnésio contido.
Sabe de onde vem o cloreto de magnésio
que usamos aqui no Rio de Janeiro? É do sal produzido em Cabo Frio, onde
o cloreto de magnésio – que é altamente higroscópico – é retirado para o
sal poder ser comercializado e ter mais valor.
Dosagem do uso do magnésio
Para preparar é a coisa mais simples:
20g (vinte gramas) ou duas colheres de sopa das rasas em 1 (um) litro de
água. Se a pessoa não tiver nada, como suplemento alimentar, tomar 1
(uma) xícara das de cafezinho por dia. Mas se a pessoa já tiver coluna
com osteófítos (bicos de papagaio), artrose, tomar 2 (duas) xícaras das
de cafezinho por dia dessa solução de cloreto de magnésio. No caso de
cálculo renal, eu chego a dar 3 (três) por dia, quando os cálculos são
de oxalato de cálcio.
Para lavar as feridas não se usa essa
solução forte de 20g (vinte gramas) em 1 (um) litro d’água. Usa-se uma
solução que fica isotônica, 20g (vinte gramas) em 2 (dois) litros de
água. Essa solução funciona melhor do que desinfetantes. Porque, além de
funcionar como desinfetante, ela estimula o Sistema Imunológico no
local.
E nos casos das verrugas?
As verrugas ocorrem por falta de magnésio. E devido a essa deficiência os vírus conseguem se multiplicar, criando verrugas.
E se o cloreto ficar húmido dentro do frasco?
Não tem problema, nenhuma importância, o sal não tem tempo de validade, o magnésio não tem tempo de validade, é eterno.
Cálculos renais
A falta de magnésio é que causa os
cálculos renais de oxalato de cálcio. O cálcio se precipita e se fixa ao
ácido oxálico contido na batata, tomate, espinafre, etc., gerando os
cálculos renais de oxalato de cálcio.
Existem outros tipos de cálculos renais?
Existem os de uratos produzidos pelas
carnes – principalmente vísceras – e os de fosfato, que provém dos
legumes que têm fosfatos.
O Cloreto de Magnésio freia as metástases do câncer?
Não, isso, frear, eu não digo; mas eu
digo, pelo menos retarda, como o professor Pierre Delbet provou no seu
livro “A política preventiva do câncer”. O indivíduo – usando uma
quantidade suficiente de magnésio a vida inteira – tem a possibilidade
de ter câncer incomparavelmente menor do que quem tem carência de
magnésio.
Há contra-indicação para o uso do Cloreto de Magnésio?
O único caso que existe é se a pessoa
tiver insuficiência renal. Porque o magnésio em excesso se elimina pela
urina. Agora se a pessoa não estiver urinando, aí pode passar de uma
hipomagnesemia – que é o comum – para uma hipermagnesemia. Mas só se a
pessoa não estiver urinando normalmente.
Dosagem correta do Magnésio
Por exemplo, uma coisa errada: o
cloreto de magnésio vendido nas farmácias na dose de 33g (trinta e três
gramas), se dissolver em 1 (um) litro de água pode ser laxante. Aí está
realmente excessivamente concentrado, teria que ser 20g (vinte gramas)
em 1 (um) litro. Ou essas 33g (trinta e três gramas) devem se
dissolvidas em 1 ½ (um e meio) litro de água.
Entrevista com Dr Luiz Moura
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