O que é hipotireoidismo?
Hipotireoidismo é um distúrbio que cursa com a falta de hormônio da
tireóide (“tireóide preguiçosa”). O hipotireoidismo é a doença mais
comum da tireóide. Ocorre mais freqüentemente em mulheres que em
homens, é mais comum em pessoas de mais idade, e pode ter uma
característica familial (atingir vários membros de uma mesma família).
Quais são os sintomas do hipotireoidismo?
O
hipotireoidismo pode ter vários sintomas, visto que os hormônios da
tireóide são importantes para regular o funcionamento de praticamente
todos os órgãos e sistemas do corpo. Quando os níveis de hormônios
tireoidianos (T3 e T4) se tornam
anormalmente baixos por algum motivo, todos os processos do corpo se
tornam mais lentos. Por isso, os sintomas do hipotireoidismo incluem:
- cansaço excessivo;
- desânimo, ou até mesmo depressão;
- raciocínio lento;
- fala arrastada;
- sensação de frio excessivo;
- ganho de peso (geralmente, em torno de 3 a 5 Kg);
- pele seca e cabelos finos e quebradiços;
- inchaço nas pernas ou ao redor dos olhos;
- pouca sudorese;
- intestino preso e digestão lenta;
- irregularidade das menstruações (às vezes, sangramento excessivo);
- infertilidade;
- batimento lento do coração (menos que 60 batimentos por minuto);
- aumento do colesterol.
Esses
sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo. Ou seja, vários outros
problemas de saúde podem causar sintomas bastante semelhantes aos do
hipotireoidismo. Por isso, algumas vezes os sintomas são atribuídos a
outras doenças que podem apresentar algumas manifestações semelhantes,
tais como: anemia, depressão e deficiência de vitaminas, e o
diagnóstico de hipotireoidismo pode ser feito anos após o início das
queixas do paciente. Felizmente, hoje em dia os médicos conhecem melhor
as características do hipotireoidismo e fazem o diagnóstico mais
precocemente.
Quais são as causas do hipotireoidismo?
Nos adultos, a causa mais comum de hipotireoidismo é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto.
Nessa doença, o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico)
ataca a glândula tireóide e causa dano a essa glândula, comprometendo a
sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Por isso, a doença
de Hashimoto faz parte de um grupo de doenças chamadas auto-imunes.
O hipotireoidismo pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio, como, por exemplo: o uso de iodo radioativo (para tratamento de hipertireoidismo, que é o oposto do hipotireoidismo) ou a cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide (para tratamento de outros problemas nessa glândula). Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.
Outra causa de hipotireoidismo, bastante rara, é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo (por exemplo: amiodarona, xaropes para tosse contendo iodo, carbonato de lítio).
Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado já no berçário através do teste do pezinho.
O hipotireoidismo pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio, como, por exemplo: o uso de iodo radioativo (para tratamento de hipertireoidismo, que é o oposto do hipotireoidismo) ou a cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide (para tratamento de outros problemas nessa glândula). Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.
Outra causa de hipotireoidismo, bastante rara, é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo (por exemplo: amiodarona, xaropes para tosse contendo iodo, carbonato de lítio).
Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado já no berçário através do teste do pezinho.
Quais as conseqüências do hipotireoidismo?
Em
adultos, o hipotireoidismo (se não for tratado corretamente) leva a uma
significativa redução da sua performance física e mental, além de
poder causar elevação dos níveis de colesterol, que aumentam as chances
de algum problema cardíaco. Além disso, o hipotireoidismo severo, sem
tratamento, pode evoluir ao longo do tempo até uma situação dramática e
com grande risco de vida, o chamado coma mixedematoso, que se apresenta como redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento do coração.
O diagnóstico de hipotireoidismo é especialmente importante quando é feito durante a gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos pode afetar profundamente o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso do crescimento. No entanto, esses problemas para o bebê são prevenidos pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.
O diagnóstico de hipotireoidismo é especialmente importante quando é feito durante a gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos pode afetar profundamente o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso do crescimento. No entanto, esses problemas para o bebê são prevenidos pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.
Como é feito o diagnóstico de hipotireoidismo?
Geralmente
o diagnóstico é confirmado através de um simples exame de sangue. Os
exames que ajudam no diagnóstico do hipotireoidismo são: a dosagem de TSH (que é um hormônio produzido pela hipófise, e que estimula o funcionamento da tireóide), e a dosagem de hormônios tireoidianos (T4 e T3).
Classicamente,
o diagnóstico de hipotireoidismo é feito quando o paciente apresenta
TSH aumentado e T4 baixo no sangue. Entretanto, em casos muito leves de
hipotireoidismo, ou quando este está apenas no início, pode-se
encontrar TSH aumentado com T4 normal. Ou seja, o nível de TSH aumenta
antes que o nível de T4 caia abaixo do normal. Essa situação, em que o
TSH está elevado com T4 normal, é chamada de hipotireodismo subclínico.
Entre os dois exames de sangue, o TSH é o mais importante, já que o T4
pode variar mais de um dia para o outro ou de uma coleta para a outra;
por isso o médico vai prestar mais atenção ao TSH do que ao T4 para
fazer o diagnóstico de hipotireoidismo.
TIREÓIDE NORMAL
TSH e T4 normais
TSH e T4 normais
HIPOTIREOIDISMO INICIAL OU LEVE (SUBCLÍNICO)
TSH alto e T4 normal
TSH alto e T4 normal
HIPOTIREOIDISMO INSTALADO (CLÍNICO)
TSH alto e T4 baixo
TSH alto e T4 baixo
Outro exame que pode trazer alguma informação é a dosagem de anticorpos
contra a tireóide, que geralmente estão aumentados quando a causa de
hipotireodismo é a doença de Hashimoto. Os anticorpos que podem ser
dosados em laboratório são o anti-tireoperoxidase (ou anti-TPO) e o anti-tireoglobulina (ou anti-TG).
Como é tratado o hipotireoidismo?
O
hipotireoidismo é a falta de hormônio tireoidiano. Portanto, o
tratamento é feito com a reposição desse hormônio, na forma de
comprimidos tomados por via oral. A medicação de escolha é a levotiroxina, que é uma forma farmacológica do hormônio T4.
Depois do início da medicação, o paciente comumente leva cerca de 2
semanas para sentir uma melhora importante dos sintomas do
hipotireoidismo (podendo ser um pouco mais em casos mais graves).
A levotiroxina deve ser tomada todos os dias, pela manhã, para reproduzir o funcionamento normal da tireóide. Um cuidado importante é tomá-la em jejum (no mínimo 30 minutos antes do café da manhã), porque a ingesta de alimentos junto com a medicação diminui muito a sua absorção pelo intestino e, portanto, a sua eficácia.
Existem várias marcas de levotiroxina no mercado brasileiro, e todas são igualmente efetivas. No entanto, pode haver pequenas diferenças de ação entre uma marca e outra. Por isso, quando uma pessoa começou a usar uma marca de levotiroxina, deve preferencialmente continuar com a mesma marca (a não ser que o médico resolva trocar a medicação por algum motivo). Outro cuidado importante com a levotiroxina é que ela não deve ser manipulada, porque os comprimidos contêm quantidades muito pequenas do hormônio tireoidiano e nem sempre as farmácias de manipulação conseguem colocar a quantia exata do hormônio dentro das cápsulas.
Na maioria das vezes, as pessoas que têm hipotireoidismo precisam fazer o tratamento com levotiroxina para o resto da vida, mas em alguns casos a tireóide volta a funcionar normalmente depois de alguns meses. Se, por algum motivo, a medicação precisar ser trocada, é importante checar os níveis de TSH com exames de sangue após a troca do remédio, para garantir que a dose está sendo adequada.
Existem comprimidos de levotiroxina com várias doses diferentes, disponíveis nas farmácias (25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200mcg). O ajuste da dose da medicação é feito com base nas dosagens de TSH, o qual deve ser mantido dentro dos valores normais se possível. Se as doses de levotiroxina estiverem muito baixas para as necessidades do paciente, este pode não sentir melhora dos sintomas do hipotireoidismo ou voltar a apresentá-los. Se as doses estiverem muito altas, o paciente pode desenvolver hipertireoidismo (excesso de hormônio tireoidiano), que leva, a longo prazo, a enfraquecimento dos ossos, funcionamento anormal do coração e arritmias cardíacas, entre outros problemas. (Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.)
A necessidade de levotiroxina pode flutuar ao longo do tempo, dependendo de fatores como: outras doenças, gravidez, menopausa e uso de outras medicações. Por essa razão, é recomendável que o paciente com hipotireoidismo seja acompanhado regularmente por um médico, com exames de TSH e ajuste da dose da medicação se necessária.
A levotiroxina deve ser tomada todos os dias, pela manhã, para reproduzir o funcionamento normal da tireóide. Um cuidado importante é tomá-la em jejum (no mínimo 30 minutos antes do café da manhã), porque a ingesta de alimentos junto com a medicação diminui muito a sua absorção pelo intestino e, portanto, a sua eficácia.
Existem várias marcas de levotiroxina no mercado brasileiro, e todas são igualmente efetivas. No entanto, pode haver pequenas diferenças de ação entre uma marca e outra. Por isso, quando uma pessoa começou a usar uma marca de levotiroxina, deve preferencialmente continuar com a mesma marca (a não ser que o médico resolva trocar a medicação por algum motivo). Outro cuidado importante com a levotiroxina é que ela não deve ser manipulada, porque os comprimidos contêm quantidades muito pequenas do hormônio tireoidiano e nem sempre as farmácias de manipulação conseguem colocar a quantia exata do hormônio dentro das cápsulas.
Na maioria das vezes, as pessoas que têm hipotireoidismo precisam fazer o tratamento com levotiroxina para o resto da vida, mas em alguns casos a tireóide volta a funcionar normalmente depois de alguns meses. Se, por algum motivo, a medicação precisar ser trocada, é importante checar os níveis de TSH com exames de sangue após a troca do remédio, para garantir que a dose está sendo adequada.
Existem comprimidos de levotiroxina com várias doses diferentes, disponíveis nas farmácias (25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200mcg). O ajuste da dose da medicação é feito com base nas dosagens de TSH, o qual deve ser mantido dentro dos valores normais se possível. Se as doses de levotiroxina estiverem muito baixas para as necessidades do paciente, este pode não sentir melhora dos sintomas do hipotireoidismo ou voltar a apresentá-los. Se as doses estiverem muito altas, o paciente pode desenvolver hipertireoidismo (excesso de hormônio tireoidiano), que leva, a longo prazo, a enfraquecimento dos ossos, funcionamento anormal do coração e arritmias cardíacas, entre outros problemas. (Leia mais sobre hipertireoidismo clicando aqui.)
A necessidade de levotiroxina pode flutuar ao longo do tempo, dependendo de fatores como: outras doenças, gravidez, menopausa e uso de outras medicações. Por essa razão, é recomendável que o paciente com hipotireoidismo seja acompanhado regularmente por um médico, com exames de TSH e ajuste da dose da medicação se necessária.
Então, quem tem hipotireoidismo é uma pessoa doente para a vida toda?
Pessoas
com hipotireoidismo precisam fazer o tratamento correto, com o uso
diário de levotiroxina na dose mais adequada para sua situação. Se
estiverem usando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os
níveis de TSH dentro dos valores normais, elas podem ter uma vida
saudável, feliz e completamente normal.
No entanto, se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, ele pode se tornar um problema sério de saúde, comprometer a capacidade da pessoa realizar suas tarefas e até mesmo representar um risco de vida em casos extremos.
No entanto, se o hipotireoidismo não for tratado corretamente, ele pode se tornar um problema sério de saúde, comprometer a capacidade da pessoa realizar suas tarefas e até mesmo representar um risco de vida em casos extremos.
Em que casos uma pessoa deve fazer exames para avaliar a tireóide?
Nem todas
as pessoas precisam fazer exames de sangue para avaliar se a tireóide
está funcionando corretamente. O médico é quem determina se alguém
precisa ou não fazer uma dosagem de TSH, mas existem algumas situações
em que é necessária essa avaliação, como, por exemplo:
- sintomas sugestivos de hipotireoidismo ou hipertireoidismo;
- outras pessoas na família com doenças da tireóide;
- gravidez.
Alguns
especialistas recomendam ainda que todas as mulheres com mais de 60
anos deveriam fazer pelo menos um exame de TSH, mesmo na ausência de
sintomas, visto que o hipotireoidismo é muito comum nesse tipo de
população, mas este ainda é um assunto controverso.
Adaptado de texto da The Hormone Foundation – www.hormone.org