Eliminar as toxinas
Quando o terreno se encontra sobrecarregado de toxinas, os órgãos congestionados e o sangue impuro, os tecidos envenenados e as células asfixiadas pelos resíduos, há apenas uma solução lógica para devolver ao corpo a sua saúde: limpá-lo.É preciso ter-se vivido a experiência de uma cura de limpeza orgânica para nos apercebermos da importância do volume de toxinas capaz de se acumular no nosso corpo e para constatar o facto de que o desfazermo-nos delas faz evoluir todo o estado orgânico, no sentido da cura.
As “portas de saída”, que se torna necessário abrir para que as toxinas possam sair, são as vias excretoras: o fígado, os intestinos, os rins, a pele e as vias respiratórias. São o imprescindível lugar de passagem para o exterior do corpo e, também, os órgãos que filtram o sangue, libertando-o de resíduos.
Estimulando as vias excretoras, estimula-se a eliminação de resíduos que se acumularam no próprio órgão e facilita-se a depuração do sangue. Mas, para limpar o organismo em profundidade, isso continua a ser insuficiente. A grande massa de resíduos não se encontra no sangue, mas sim incrustada nas profundezas dos tecidos. Portanto, é necessário extraí-la, para que os refugos possam ser conduzidos ao sangue e, em seguida, aos canais excretores. Para proceder ao desalojamento das toxinas que impregnam os tecidos, é conveniente recorrer a métodos diferentes dos que se utilizam para estimular as vias excretoras.
Na aplicação das curas de limpeza, estes dois pontos sucedem-se: abrem-se as portas de saída, antes de se desalojarem os depósitos profundos de toxinas. Se procedermos em sentido contrário ou simultaneamente, as toxinas desalojadas apresentar-se-ão como uma massa demasiado volumosa para os canais ainda insuficientemente abertos. E preferível desfazermo-nos das toxinas superficiais, antes de fazermos aparecer as que se encontram mais internamente.
Abrir os canais excretores
Existem inúmeros meios de abertura dos canais excretores. Os que se seguem são alguns de entre os mais eficazes e os mais fáceis de serem aplicados por todos.
A estimulação das funções evacuadoras do organismo efectua-se maravilhosamente bem com o auxílio de plantas medicinais, desde que doseadas correctamente. Doses demasiado fracas não estimulam adequadamente as evacuações, e doses demasiado violentas irritam e fatigam os canais excretores. A dose ideal encontra-se sem muita dificuldade começando por porções fracas aumentando-as progressivamente, dia após dia. A dose ideal será aquela imediatamente anterior à que começa a desencadear reacções demasiado violentas.
As varias apresentações de plantas ou preparados que citaremos a seguir, juntamente com o seu modo de aplicação, permitirão aos interessados passar rapidamente à acção, mas não formam uma lista exaustiva. É óbvio que outras plantas ou preparados poderão ser utilizados com igual êxito.
Quando a um doente é ministrado um purgante, deverá constatar um aumento objectivo da evacuação de toxinas; por exemplo, a urina mais carregada, os intestinos correctamente esvaziados.
Como a contaminação do organismo se foi produzindo durante anos, não se deve pretender que uma purga de alguns dias seja suficiente para obter uma purificação do terreno. As curas através de purgantes, bem adaptadas à capacidade do doente, devem prolongar-se durante alguns meses. Confrontados com a longa duração das curas, alguns pacientes têm receio de se tornarem dependentes das plantas medicinais que utilizam e vacilam em tomá-las por períodos tão prolongados. No entanto, tentando evitar uma ilusória dependência das plantas, apenas se tornam cada vez mais dependentes das suas próprias toxinas!
No início de uma cura de limpeza, os canais excretores serão abertos faseadamente, para evitar que o organismo se esgote pelo cansaço excessivo. Em seguida, se o estado do paciente o permitir, serão estimulados conjuntamente. Se tal não for possível, serão estimulados alternadamente, mediante curas de três ou quatro semanas.
De: Christopher Vasey
Do livro Compreender as doenças Graves Editorial Estampa Ldahttp://solucaoperfeita.com/magnesio/page/4