Sexualidade feminina: as fases sexuais da mulher

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Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – a sexualidade é definida como uma energia que encontra a sua expressão física, psicológica e social no desejo de contacto, ternura e às vezes amor.

A sexualidade humana é complexa tal como o ser humano é. Constituídos de aspetos múltiplos, pode-se considerar a síntese humana como o resultado da convergência de natureza psíquica-bio-sócio-histórico-cultural.

Neste contexto vamos conhecer as fases psicossexuais da mulher, embora cada vez mais, estas fases sejam oscilantes ou até ausentes em algumas mulheres.

Dos 15 a 25 anos
É nesta fase da adolescência que a mulher apresenta mudanças significativas no corpo. Aparecem os caracteres sexuais secundários e tornam-se mais evidentes os comportamentos sexuais, tanto a nível biológico como a nível sócio-afetivo.É um período de adaptação, que coincide com a fase de descoberta, em que a mulher começa a entender como o corpo responde aos estímulos sexuais.

Dos 25 a 35 anos
É a fase em que a mulher começa a gerir vários papéis que passa a ter na sua vida, experimenta novidade, especialmente no trabalho ou na estrutura familiar - geralmente, quando sai de casa dos pais e passa a dividir uma casa com outro alguém e é fundamental que aprenda a preservar um tempo para a intimidade com o parceiro. É também uma fase em que pode começar a sentir a necessidade de viver a maternidade.

Dos 35 a 45 anos
É nesta fase que começa a queda lenta e gradual dos níveis de hormonas sexuais femininas, que culmina com o fim do ciclo menstrual, cessando a capacidade de reprodução. As transformações do corpo também começam a ficar mais evidentes: começam as primeiras rugas, cabelos brancos. A mulher tem de aprender a adaptar-se e aceitar-se com estas mudanças.

Dos 45 a 55 anos
o início da menopausa varia muito de mulher para mulher. Calores, alterações hormonais e um longo período de questões de for emocional começam. Apesar de ser uma fase muito conturbada, sobretudo devido a questões hormonais, esta pode tambem ser uma fase em que a mulher vai pperdendo medos e vivendo uma vida mais madura, aproveitando as suas conquistas e liberdade.

Resposta sexual feminina

A resposta sexual feminina caracteriza-se por quatro fases:
Fase de Desejo
É a fase em que os instintos são estimulados e os desejos crescem. Isso acontece por mensagens neurofisiológicas que estimulam a vontade sexual.
O desejo pode ser desencadeado por estímulos internos ou externos, por exemplo, o simples facto de vermos alguém que nos atrai ou sentir o cheiro dessa pessoa.
Na mulher o que é mais responsável pelo aumento do desejo sexual é o olfato e principalmente o tato.
O modo como pensamos e nos sentimos física e emocionalmente influenciam o desejo, sendo este variável de pessoa para pessoa, assim como, em diferentes momentos ao longo da vida. Biologicamente está dependente dos níveis sanguíneos de testosterona.

Fase de Excitação
A fase da excitação caracteriza-se por uma reação fisiológica ao desejo e à atração física, em que ocorrem uma série de alterações que preparam o nosso corpo para uma relação sexual.
Na mulher o que determina a excitação é a produção de uma secreção que é responsável pela lubrificação da vagina. Há duas alterações fisiológicas no organismo, a congestão vascular que consiste no aumento da quantidade de sangue acumulada em órgãos do aparelho genital feminino; e a miotonia, que consiste na contração das fibras musculares.
podemos verificar mais estímulos como o aumento e erecçao dos seios. Pode ser observado também o aumento da frequência cardíaca e respiratória.
Também ocorre contração muscular nos órgãos próximos aos genitais, já que o aparelho genital feminino é constituído pelo clitóris, os grandes e pequenos lábios, a vagina e o útero. E com a excitação tanto o clitóris, quanto os pequenos e grandes lábios aumentam o seu tamanho, ficando avermelhados e a parte mais funda da vagina "expande-se em forma de balão” pelo que só a parte exterior se encontra em contacto direto com o pénis durante as relações sexuais.

Fase de Clímax ou Orgasmo
Quando ocorre o orgasmo dá-se a libertação da tensão sexual que fora acumulada. Caracteriza-se como o momento de maior prazer da relação sexual.
Atenção que a mulher nem sempre pode atingir o orgasmo ou clímax. O orgasmo consiste na explosão de contrações rítmicas e involuntárias onde há uma frequência de aproximadamente 12 vezes, a cada 0,8 segundos. A mulher pode ainda, logo em seguida, ser estimulada a ter novos orgasmos; o que não ocorre no homem. Durante o orgasmo, na mulher, ocorrem alterações fisiológicas como contraçõesdas paredes vaginais e dos músculos pélvicos, aumento do ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos.
A estimulação do clítoris pode ser fundamental para algumas mulheres atingirem o orgasmo. É importante que se reconheça que diferentes mulheres têm diferentes formas de atingirem o orgasmo.

Fase de resolução
Nesta fase, a sensação de excitação no geral, pode demorar mais tempo a desaparecer, especialmente se não atingiu o clímax.
As mulheres não têm o seu potencial orgásmico limitado por um período refratário, como no homem, ou seja, se uma mulher for submetida a novas carícias, novos estímulos, ela poderá estar em condições físicas de ter novamente um orgasmo.

Curiosidades importantes

Na maioria das relações sexuais iniciais os orgasmos podem ser raros para as mulheres, e ambos os parceiros podem ficar extremamente ansiosos em relação a esta questão. É fundamental que a mulher se sinta descontraída, confiante e liberta de pressões. Enquanto a ansiedade na relação pode levar o homem a ejacular mais rapidamente, na mulher pode impedir o orgasmo.

A angústia, a ansiedade, o cansaço, a tristeza, empobrecem e reduzem o desejo sexual, dificultando consequentemente o desenvolvimento das fases libidinais, inibindo a resposta sexual. Pelo contrário, a alegria, o bem-estar e os efeitos positivos em geral, favorecem o interesse e o funcionamento sexual.

De acordo com algumas teorias, existe um ponto no interior da cavidade vaginal que é extremamente sensível à pressão profunda, ou seja, é preciso uma pressão firme, só possível em determinadas posições na relação sexual para que se encontre este ponto. Fica situado na parede anterior da vagina e a cerca de 4cm da entrada. O tamanho e a localização exatapode variar. O primeiro médico que o descreveu foi Grafenberg e por isso ficou conhecido como o Ponto G. Quando estimulado, aumenta de tamanho e conduz ao orgasmo em muitas mulheres.

Com o passar dos anos, a nossa sexualidade e a maneira como passamos pelas diversas etapas da vida vão sofrendo mudanças e é importante que as experiências e vivências da sexualidade sejam sempre fontes de bem-estar, para nós mesmos e para os outros com quem as partilhamos.
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