HIPOTIREOIDISMO: Investigação e Diagnóstico
novembro 22, 2016
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Geralmente encontramos opiniões que relacionam o hipotireoidismo apenas com o ganho de peso e a maior dificuldade no emagrecimento, entretanto hoje podemos dizer que a questão é bem mais ampla.
Atualmente podemos citar muitos possíveis sinais e sintomas do hipotireoidismo como:
Obesidade
Hipotensão
Infertilidade
Hipotermia
Ressecamento da pele
Queda de cabelos
Voz rouca
Ansiedade
Hiporreflexia
Letargia
Falta de concentração
Depressão
Agitação
Insônia
Fadiga
Constipação, e até a cefaleia.
O grande problema é o diagnóstico. Na maioria das vezes, não é realizado e, quando feito, cerca de 50 a 60% dos pacientes com hipotireoidismo tratados somente com T4 (Levotiroxina) infelizmente não respondem corretamente.
Somente uma investigação intensa pode levar a um diagnóstico real
Por que? Pois a tireoide é uma glândula extremamente complexa, onde são necessários diversos nutrientes específicos para que sua produção consiga ser eficaz. Pois digo que podemos considerar semelhante uma situação onde existe uma fábrica de automóveis com problema na produção, e a única preocupação do dono continua sendo somente produzir mais carros, sem buscar melhorar a própria fábrica!
Além disto, o hormônio ativo da tireoide, o qual denominado T3, necessita ser além de produzido, principalmente convertido, ou seja, através da tireoide e através de uma operação metabólica onde o hormônio T4 se transforma em T3. E para tal, uma verdadeira orquestra de micronutrientes deve estar preparada. Mas nem mesmo assim, parte das pessoas conseguem de fato realizar esta conversão fundamental.
O grande problema é que este hormônio não existe, pronto, para ser comprado em farmácias no Brasil. Portanto note que se não solicitarmos exames para verificar estes outros micronutrientes essenciais ao bom funcionamento da Tireoide e à produção do T3, tais como níveis de Selênio, Iodo, Zinco e do próprio T3, seus índices podem permanecer baixos.
E o alerta é que este hormônio fundamental, tão essencial, é o único hormônio do corpo que todo e qualquer sistema e célula tem receptor, além da Vitamina D3, também considerada um hormônio. Isto quer dizer que o hormônio deve ser medido sempre? Aí entramos em um campo polêmico, onde não existe consenso. O fato é que muitos casos necessitam, outros não.
O T3 é o hormônio tireoidiano mais potente, deste modo, segundo estudos, pode ser necessário incluí-lo no tratamento de reposição de pacientes. Pode ser necessário também a presença de selênio, zinco, cobre, iodo, Vitaminas A, C, B2, B3, B6, Vitamina D3, para o perfeito funcionamento tireoidiano.
Existem ainda as deficiências hormonais que dificultam a conversão de T4 em T3 e devem ser verificadas, pois hormônios como GH, Melatonina, Testosterona, Progesterona e Cortisol têm grande influência sobre a glândula tireoide. Principalmente nos casos das mulheres usuárias das terríveis pílulas anticoncepcionais.
A clínica é soberana, devemos ouvir mais o paciente e confiar menos em somente números de “normalidade” em exames baseados em medidas estatísticas. Cada investigação, assim como cada pessoa, cada organismo, é único, e no momento em que a proposta é investigar, investigue a fundo, esgote as possibilidades, assim as chances de sucesso são maiores.
Dr. Victor Sorrentino
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