A polêmica do óleo de canola
Com certeza você já ouviu
falar que o óleo de canola é o melhor que tem, né? Afinal de contas, no rótulo
aparece até escrito “aprovado pela associação de cardiologistas”. Além disso,
ele é o óleo vegetal mais caro e tudo que é mais caro é melhor, certo? Sem
contar os inúmeros profissionais, inclusive da área de saúde, amigos e vizinhos
que não se cansam de falar suas vantagens: “Não aumenta o colesterol, tem muito
ômega 3 etc etc etc”. Mas será mesmo que o óleo de canola é tão bom assim?
Para começar a responder
essa dúvida, vou fazer outras perguntas e você vai respondendo comigo, por
favor.
- O óleo de soja é feito de
que? – De soja.
- O óleo de milho é feito de
que? – De milho.
- O óleo de girassol é feito
de que? – Das sementes do girassol.
- E o óleo de canola é feito
de que? - ? ? ?
Se você se perguntou se
“existe canola”, você está no caminho certo. E a resposta é: não, não existe.
Canola não é uma planta, é uma sigla que vem de Canadian Oil Low
Acid, é um nome comercial. É uma invenção canadense que vem de uma
planta geneticamente modificada chamada colza. A colza é essa plantinha amarela
aí embaixo e ela é resultado do cruzamento de várias subespécies de plantas da
mesma família (pertence à família da mostarda). Dessa forma, o óleo de canola é
produzido através da hibridação da colza.
De onde surgiu o óleo de canola? Porque faz tão mal?
Na tentativa de buscar óleos
saudáveis, o Canadá começou a investir nos óleos monoinsaturados (como o óleo
de oliva, ou seja, o azeite), afinal os estudos mostravam que eles eram mais
saudáveis que os óleos poli-insaturados (como o óleo de soja e de milho). Como
o azeite é muito caro e não haveria azeite suficiente para abastecer o mundo
todo, tentaram criar um novo óleo. Foi aí que perceberam que o óleo de colza
era um óleo monoinsaturado e que já tinha sido usado em várias partes do mundo.
Mas o grande problema é que
quase dois terços desses óleos monoinsaturados presentes na colza é o ácido
erúcico, um ácido extremamente tóxico e com grande associação a problemas no
coração (lesões fibróticas).
O que ninguém dizia também é
que o óleo de colza não é um óleo comestível, ele é um óleo industrial! Sabe
onde é usado? Na produção de velas, sabonetes, tintas e até lubrificantes e
biocombustível. Mas aí o que a indústria e o governo canadense fizeram? Fizeram
essa colza geneticamente modificada, deram o nome de canola que, até então,
teria poucas quantidades de ácido erúcico e então o problema estava resolvido.
O marketing entra em massa, troca o nome do óleo de colza (conhecido como
industrial) por óleo de canola e os médicos e nutricionistas nos convencem a
usá-lo... erro atrás de erro!!! O óleo de canola tem menos ácido erúcico que o
óleo de colza sim, mas essa pouca quantidade já é suficientemente tóxica e, pra
piorar novamente, o efeito é cumulativo (os sintomas podem demorar 10 anos para
aparecerem). Já existem trabalhos relacionando o óleo de canola com inúmeras
enfermidades: problemas no câncer, câncer de pulmão, atraso no crescimento.
Inclusive é por isso que o
FDA proíbe o uso do óleo de canola em fórmulas infantis como NAN!
E os alimentos que contem óleo de canola como ingrediente?
Essa é outra coisa que
devemos ficar atentos. Não adianta só deixar de usar o óleo de canola. Se você
estiver ingerindo algum alimento que o contém na sua composição, o problema é o
mesmo. Vamos entender o motivo.
Grande parte do óleo de
canola utilizado nos alimentos processados foi endurecida através do processo
de hidrogenação, o que introduz altos níveis de ácidos graxos trans. Esses
altos níveis de ácidos graxos trans significam maior tempo de validade dos
alimentos, textura mais crocantes (principalmente em biscoitos) e, claro, maior
riscos de doenças crônicas. Portanto, fique de olho nos rótulos!
Mas e ômega 3?
É verdade que dentre esses
óleos vegetais mais conhecidos, o óleo de canola é um dos que tem maior
quantidade. No entanto, grande parte desse ômega 3 é transformado em gordura
trans durante o processo de desodorização.
(Curiosidade: sabia que a
gordura trans, reconhecida como um dos agentes “nutricionais” mais nocivos, já
é proibida na Califórnia – EUA) ?
Esse processe de
desodorização é isso mesmo que você entendeu: tirar o odor, no caso, o mau
cheiro. Devido ao elevado teor de ômega 3, o óleo de canola poderia ficar mais
rançoso e mais mau cheiro facilmente quando exposto a alta temperatura e
oxigênio mais – para que isso não aconteça é feita essa desodorização. Do que
podemos concluir que, então, ao desodorizar, retira-se muito ômega 3.
E nem todos os fabricantes
fazem esse processo de desodorização como deveria. Vocês que já utilizaram óleo
de canola perceberam que ele deixa um cheiro rançoso na roupa? Pois é!
Chega de desvantagens, né?
Pior que não. Ainda tem
mais... e essa costuma ser a que mais assusta as pessoas.
Já ouviu falar de um gás
tóxico e mortal utilizado durante a 1ª Guerra Mundial? O gás mostarda? Adivinha
do que ele é feito?! Sim, da colza! Sim, a mesma planta que produziu um gás
mortal produz o óleo de canola que está na mesa, apesar de a indústria
canadense afirmar que a hibridização eliminaria esse problema. No entanto, olhe
a descrição do gás mostarda: é uma substância incolor, líquida, oleosa, muito
pouco solúvel em água; quando impuro apresenta coloração amarela – é
considerado classe 1, ou seja, não há outro “uso” exceto em guerra química.
Ah, mas o óleo de canola faz bem pro coração!
Mentira! O óleo de canola
pode até aumentar o colesterol e causar problemas cardíacos. Isso acontece
porque um dos principais contribuintes para esses distúrbios são os processos
inflamatórios que se instalam nas artérias e demandam que o corpo direcione
suas moléculas de colesterol (as que o nosso próprio corpo produz), que são
utilizados na tentativa de amenizar essa inflamação. Se continuamos com os
causadores dessa inflamação (má alimentação, estilo de vida ruim etc), o corpo
continua enviando colesterol para tentar minimizar os efeitos da inflamação e
vai se acumulando gradativamente até entupir os vasos.
Chega, né!
Acredita que tem mais? O
óleo de canola também produz déficit da vitamina E, uma substância
antioxidante. E, além disso tudo, ele é altamente inflamatório. Ou seja, se é
uma bomba para todo mundo, imagina para nós que já temos uma doença
inflamatória.
Alguns estudos já estão mostrando os
possíveis efeitos do consumo do óleo de canola. Um possível efeito a longo
prazo é a destruição da bainha de mielina, o revestimento de proteção no
cérebro, em torno dos nervos. Outros possíveis efeitos são:
- Tremores e agitação
- Falta de coordenação ao caminhar ou escrever
- Fala arrastada
- Deterioração dos processos de memória e pensamento
- Redução ou difusão da audição
- Dificuldade para urinar ou incontinência urinária
- Problemas respiratórios ∕ falta de ar
- Crise nervosa
- Dormência e formigamento nas extremidades (mãos e pés)
- Problemas no coração ∕ arritmia cardíaca
- Deficiência de vitamina E
- Enfraquecimento do sistema imunológico.
Nos EUA já existem ações
contra empresas que fabricam o óleo de canola de pessoas terem sido intoxicadas
e até mortas após o consumo. A ação nos EUA contra a empresa Monsanto (empresa
que fabrica o óleo de colza e o óleo de canola) pode ser encontrada aqui www.centerforfoodsafety.org ou
aqui www.gefa.org.
Sobre relatos de médicos
americanos estudiosos e indignados sobre a verdade da canola, clique aqui www.tetrahedron.org
(The truth about canola oil).
Por fim, esse site www.shirleys-wellness-cafe.com/canola.htm
também possui grandes informações sobre os males do óleo de canola.
Portanto, tiramos 2 lições
importantíssimas:
1)
Não acreditar em tudo que o marketing e a
mídia nos impõe. Infelizmente, a realidade é que grande parte das empresas
alimentícias estão preocupadas mais com o dinheiro que com a nossa saúde.
Sejamos críticos e antes de acreditar em tudo que nos falam, vamos pesquisar!
2)
Se você comprou óleo de canola, jogue fora
(mas vamos lembrar da sustentabilidade e fazer o descarte correto)!! Se não comprou,
continue assim.
http://www.crohnecolite.com.br